Ano: 1932
Direção: Carl Theodor Dreyer
Duração: 73 minutos
Gênero: Terror
Cor: Preto e Branco
Filme de terror incompreendido em seu tempo, Vampyr é uma obra enigmática, quase um pesadelo onírico, um espetáculo mórbido com uma belíssima fotografia e uma trilha sonora inquietante.
Sinopse: A história gira em torno de Allan Grey, um jovem interessado pelo sobrenatural, que um dia recebe a visita de um estranho senhor. Ao segui-lo, Allan descobre que Léone, uma das filhas deste senhor, está cada vez mais doente. Ao ler um livro que o senhor lhe deu antes de morrer, Allan descobre que Léone é vítima de uma vampira, que é ajudada pelo doutor da vila em sua busca por alimento. Allan parte com um dos servos do senhor para destruir a vampira.
Inspirado livremente no livro Carmilla de Sheridan Le Fanu, em Vampyr conseguimos notar a grande diferença entre o cinema de terror que vinha sendo produzido nos EUA, principalmente por conta do ciclo de monstros da Universal, e a estética gótica e soturna das produções europeias, que bebiam diretamente na fonte do horror mudo da década anterior.
O longa possui algumas sequências que são realmente assustadoras e referências para o gênero no futuro, como um funeral sendo captado através do ponto de vista do morto dentro do caixão, dança de sombras fantasmagóricas em planos abertos e fechados, o começo da utilização da figura erótica e sexual do vampiro transparecendo desejo carnal, a forma translúcida de uma sombra / espírito saindo do corpo e acompanhando seu próprio enterro e a sinistra morte de um médico, o suposto vilão da história, asfixiado dentro do elevador de um moinho de trigo.
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