Leonidas Frank Chaney, mais conhecido como Lon Chaney foi um ator norte-americano, filho de pais surdos-mudos, devido a essa condição em que foi criado ele desenvolveu desde cedo uma técnica particular de pantomima (uma arte mimica) que faria dele um mestre na arte da atuação.
Lon Chaney teve o seu melhor período de atividade entre 1920 e 1930, gozando do prestígio de ser um dos mais versáteis e talentosos atores que Hollywood já conheceu, especializado em interpretar personagens grotescos, monstruosos ou atormentados por traumas ou deformações físicas. Para tanto, ele utilizava técnicas inovadoras de maquiagem desenvolvidas por ele mesmo e que lhe valeram o apelido de “O Homem das Mil Faces”.
Mas o talento de Chaney não se limitava às suas grandes atuações físicas e maquiagem que criava para o cinema. Diziam que ele também era um exímio dançarino, cantor e comediante, embora muitos não imaginassem o surpreendente alcance de sua voz de barítono nem sua afiada veia cômica. Chaney vivia afastado da mídia, mantendo sua vida pessoal o mais protegida possível dos tablóides e colunas de fofocas de Hollywood. Raramente saía para promover seus filmes.
Durante as filmagens de “Thunder”, no inverno de 1929, Chaney teve pneumonia. Naquele mesmo ano, ele foi diagnosticado com câncer no pulmão. A neve artificial utilizada nas filmagens causou uma gravíssima infecção no ator, e a despeito dos tratamentos a que foi submetido, sua condição física se debilitou rapidamente, levando-o a morte em 26 de agosto de 1930 aos 47 anos.
Ao longo de 18 anos, Chaney atuou em 161 filmes e dirigiu 6. Seu filho Creighton mudou o nome para Lon Chaney Jr. em homenagem ao pai, e obteve uma razoável carreira cinematográfica, embora seja mais lembrado pelo filme “O Lobisomem” (The Wolf Man), de 1941. Em 1957, Lon Chaney foi retratado no filme “The Man of a Thousand Faces”, pelo ator James Cagney.
“Eu queria lembrar as pessoas de que os tipos mais submissos da humanidade podem ter dentro de si a capacidade de auto-sacrifício supremo”, escreveria o ator em um artigo autobiográfico publicado em 1925 na revista Film: “O anão ou o mendigo disforme das ruas, podem ter os mais nobres ideais. A maioria dos meus papéis desde em O Corcunda, O Fantasma da Ópera, O Palhaço, e outros, carregam o tema do auto-sacrifício ou da renúncia. São estas as histórias que eu desejo representar.”
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